A estrangeiridade como metáfora para a educação

Cleriston Petry

Resumen


Proponho a reflexão sobre o significado da educação, na perspectiva arendtiana de “introdução no mundo”, a partir da metáfora do estrangeiro. Hannah Arendt elabora um conjunto de reflexões tomando por base que “a essência da educação é a natalidade, o fato de que os seres humanos nascem no mundo” (1972: 224). Isso significa pensar as crianças como “recém-chegados” e “novos” num mundo que já existe e que continuará a existir depois delas. A educação, nesses termos, é “mundana”, ou seja, diz respeito ao mundo, e objetiva a “mundaneidade”. Os adultos apresentam o mundo às crianças e jovens, transmitindo uma herança que, na Modernidade, está sem testamento. Por isso, a educação implica uma relação entre gerações fundada na autoridade e na responsabilidade docente. Assim, precisam ser introduzidas no “mundo” e sua estrangeiridade, como a educação, é temporária, cujo limiar é a entrada no mundo adulto.


Palabras clave


Educação; Estrangeiridade; Responsabilidade docente

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FERMENTARIO - Departamento de Historia y Filosofí­a de la Educación. Instituto de Educación. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Universidad de la República. Uruguay. ISSN 1688-6151

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